Tema vai abordar como o conceito pode influenciar em uma melhor assistência e na redução de custos
A empatia na saúde foi o tema escolhido para a tese de doutorado de diretor da Sociedade Brasileira de Medina Hospitalar (SOBRAMH), Cláudio Nunes. O assunto foi aprovado no exame de qualificação, pelo Programa de Pós-Graduação em Administração da Universidade de Caxias do Sul (UCS). A apresentação para a banca examinadora aconteceu nessa terça-feira (15), por meio de videoconferência.
O exame é pré-requisito para a defesa da tese de doutorado e tem como objetivo avaliar os conhecimentos científicos do candidato. Além disso, busca analisar o conteúdo e o desenvolvimento do projeto, bem como as perspectivas de conclusão do curso dentro do prazo.
De acordo com ele, após essa qualificação os próximos passos dão seguimento ao cronograma das atividades, previstas para encerrar em julho de 2021. Nesse período, acontece o trabalho de campo na obtenção de todos os dados com a utilização de questionários, o gerenciamento das informações e das respostas às hipóteses, bem como demonstrar as cargas fatoriais predominantes, além da produção do texto final.
“O mais difícil era qualificar e consegui. Agora é defender a tese e ganhar o título de Doutor em uma área não médica”, afirma Cláudio, que é especialista na gestão em saúde.
Empatia na saúde
O médico escolheu como tema “A empatia e o impacto dos desperdícios na performance assistencial e financeira dos hospitais”. Segundo ele, o assunto busca demonstrar como a introdução desse conceito no ambiente hospitalar pode influenciar tanto no desfecho clínico positivo do paciente, quanto na sustentabilidade da instituição.
“O objetivo do trabalho é contribuir para a ciência, com um grãozinho. Para que isso possa avançar no sentido de melhorar a relação interpessoal dentro dos hospitais e a sua reatividade”, diz.
Cláudio explica que diversas publicações renomadas na área médica relatam que variáveis, como a empatia na saúde, resiliência, foco e atenção, afetam não somente o desfecho clinico. Elas impactam na judicialização, assim como nos resultados financeiros e, diretamente, em desperdícios na assistência.
“Tudo o que se faz na Medicina Hospitalar é buscar a eficácia no atingimento de metas, a eficiência ao usar menos recursos para fazer mais assistência e efetividade nos desfechos clínicos adequados. Mas é preciso envolver nas ferramentas de qualidade e segurança do paciente outras variáveis. As quais são as de comunicação não verbal, linguagem corporal, tom de voz, olho no olho, conversar com o paciente e seus acompanhantes e passar verdade”, defende.