Profissionais participaram da quinta edição da Live da SOBRAMH e falaram sobre as transformações no cuidado
A pandemia do novo coronavírus tem levado a tecnologia a causar verdadeiras transformações na assistência, tanto ambulatorial quanto para o paciente hospitalizado. E para falar sobre isso, o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar (SOBRAMH), Dr. André Wajner, convidou três renomados especialistas para participarem da quinta edição da transmissão ao vivo da entidade, que aconteceu no último dia 14 de julho. Pelo canal da SOBRAMH no YouTube, o Dr. Diógenes Silva, CEO/Fundador da Anestech Innovation Rising (SC), o Dr. Jorge Salluh, Fundador da Epimed Solutions (RJ), e Cleiton Garcia, PhD, Co-Founder da UpFlux (SC) foram unânimes ao ressaltar: não se pode fazer uma boa saúde sem dados.
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De acordo com o anestesiologista Diógenes Silva, a pandemia serviu para “cair a ficha” sobre a importância de dados e como extrair informações relevantes a partir deles. “O grande desafio é a qualidade desses dados. Isso porque, para alcançar o mapeamento dos processos, se usam dados que nem sempre são realistas e o mercado vai ter essa necessidade”, afirma. E o médico intensivista Jorge Salluh ainda destaca que também é preciso desenhar o que se quer, para alcançar o que se pretende. “É preciso entender que um hospital que não faz uma gestão orientada por dados não vai fazer isso hoje ou amanhã. Esse é um trabalho de meses e de anos. É o primeiro degrau de uma longa escada”, diz.
Já o PhD na área de Ciências da Computação, Cleiton Garcia, o problema da falta de dados não é exclusivo da saúde. Segundo ele, outros setores estão vendo a importância de tomar decisões baseadas em dados. “Vejo com bons olhos e otimismo essa presença da tecnologia. É um caminho sem volta e o mundo pós-pandemia vai ter decisões cada vez mais fundamentadas em dados”, reforça.
TELEMEDICINA
Um dos exemplos mais claros sobre o impacto da tecnologia na transformação do cuidado está na telemedicina, processo que já vinha acontecendo, mas que foi acelerado devido à crise mundial na saúde. Para Cleiton, a telemedicina serviu para virar a chave no que estava sendo realizado até agora. Ou seja, os serviços remotos vão ficar cada vez mais fortes com o passar dos anos. Jorge ainda afirma que a pandemia foi um verdadeiro catalisador para a implementação de novas tecnologias. “A necessidade se fez maior do que determinadas restrições”, destaca em relação à Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) nº 2.227/18, regulamentando consultas online, assim como telecirurgias e telediagnóstico, entre outras formas de atendimento médico à distância.
Sobra a importância da ferramenta no trabalho médico, Diógenes cita como exemplo a utilização da telemedicina na prática cirúrgica. De acordo com ele, quando o paciente sai da recuperação pós-anestésica, não há mais o contato com o anestesista. “A telemedicina permite uma análise de desfecho do nosso trabalho, que foi promover conforto e segurança a esse paciente”, comenta. Ele reforça: “Quando uma ferramenta começa a ajudar na conduta do médico, ativamente, em tempo real, a gente começa a colocar tecnologia e eficiência na mesma página”.
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