Hospitais do Espírito Santo reforçam o comprometimento na qualidade assistencial com a implementação
A medicina hospitalar é um modelo de atendimento, cujo principal objetivo é propiciar uma atenção rápida e efetiva para atender as necessidades do paciente hospitalizado, com envolvimento contínuo da equipe multidisciplinar e participação dos pacientes e seus familiares.
Muitas instituições têm aprimorado a assistência com a aquisição deste processo de cuidado. É o caso de sete hospitais públicos, administrados pelo governo do Espírito Santo.
Desde 2021, o estado capixaba, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SESA), em parceria com a Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar (SOBRAMH) tem implementado os processos de trabalhos da medicina hospitalar nos hospitais: Hospital Estadual Dório Silva (HDS), na cidade da Serra, Região Metropolitana da Grande Vitória; Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória – Unidade Milena Gottardi; Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HEINSG), unidade Santa Lúcia, em Vitória; Hospital Estadual de Vila Velha (HESVV), em Vila Velha; Hospital Estadual de Atenção Clínica (HEAC), em Cariacica, Região Metropolitana da Grande Vitória; Hospital Dr. Roberto Arnizaut Silvares (HRAS), em São Mateus, norte capixaba; Hospital Maternidade Silvio Ávidos (HMSA), em Colatina; Hospital São José do Calçado em São José do Calçado, sul capixaba
O investimento tem impactado direto na assistência e os resultados apontam: melhoria na gestão do corpo clínico, mais envolvimento das equipes durante as atividades assistenciais, por meio de rounds e visita multidisciplinares – favorecendo na redução do tempo médio de permanência e giro de leitos.
Na prática, o modelo melhora o desempenho dos hospitais, com aplicação de técnicas de qualidade e construção de processos. No caso dos hospitais públicos do Espírito Santo, os gestores acompanham os números de atendimentos, tendo como referência Indicadores assistenciais, divididos de Perfil Clínico e de Performance e Resultado.
Com os indicadores, é possível mapear as rotinas assistenciais, como tempo de permanência, previsão de alta, saídas detalhadas por munícipios e atendimento dos pacientes cirúrgicos, considerando a implementação de comanejo.
O presidente da SOBRAMH, Rogério Palmeira afirma que a implementação do método de MH nos hospitais requer uma visão estratégica complementar para propiciar sustentabilidade e continuidade nos processos, com resultados de médio e longo prazo, com envolvimento dos profissionais que estão na assistência direta ao paciente e da alta gestão das unidades hospitalares. “O modelo hospitalista promove e fortalece a assistência multidisciplinar, onde é indispensável um ambiente colaborativo, com envolvimento da equipe assistencial e da alta gestão”, disse o presidente.
Na percepção de Palmeira, um dos grandes desafios da MH é a mudança de cultura, por isso, é fundamental investir na qualificação dos profissionais. O Espírito Santo é o pioneiro na formação de supervisores em Medicina Hospitalar. “Qualificar os profissionais é o caminho para se beneficiar dos bons resultados que a medicina hospitalar propicia na assistência. No caso dos hospitais capixaba, a equipe de MH participa periodicamente de capacitações e faz parte da primeira turma de especialização de MH no Brasil, com a ministração de aulas, envolvendo profissionais com expertise em qualidade assistencial, gestão hospitalar e saúde pública”, concluiu.
A Medicina Hospitalar no Espírito Santo
O trabalho que a Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar realiza em sete hospitais do Espírito Santo é por meio de assinatura de um termo de cooperação com o Instituto Capixaba de Ensino, Pesquisa e Inovação em Saúde (ICEPI), ligado à Secretaria de Estado das Saúde e Organização Panamericana de Saúde (OPAS).
As parcerias têm como objetivo fortalecer a estratégia do governo estadual em mudar o modelo de atenção hospitalar – com foco centrado no usuário do Sistema Único de Saúde (SUS), com assertividade nas atividades de fluxos assistenciais, institucionais e pela otimização da ocupação dos leitos dos hospitais da rede pública do Estado do Espírito Santo.
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