Sociedade apoia a campanha da OMS visando a redução de danos assistenciais
A segurança do paciente é um dos pilares da Medicina Hospitalar. E o foco da atenção ao cuidado visando a redução de possíveis danos garante ao modelo o reconhecimento pela sua excelência. Mas como garantir a segurança assistencial sem voltar os olhos para a segurança de quem presta a assistência? Pensando nisso, a Organização Mundial da Saúde (OMS) escolheu como o tema para o Dia Mundial da Segurança do Paciente – 17 de setembro, a importância da segurança do trabalhador da saúde como uma prioridade para a segurança do paciente.
A campanha global quer mobilizar não apenas quem atua no setor, mas fazer um alerta a toda a sociedade. Desta forma, conscientizar sobre a necessidade de medidas urgentes e sustentáveis para reconhecer que a segurança dos profissionais da saúde é pré-requisito para melhorar a segurança dos cuidados.
Além disso, a iniciativa também busca o reconhecimento para a dedicação e árduo trabalho de quem está na linha de frente contra a COVID-19. Sendo assim, ganha um significado que extrapola o cenário atual da pandemia. Isso porque direciona a atenção para os desafios que esses trabalhadores enfrentam no dia a dia.
Neste cenário, alguns valores foram essenciais como a solidariedade, companheirismo, proteção contra o esgotamento físico e mental, manejo da ansiedade e depressão, bem como o fortalecimento da resiliência.
COMITÊ DA SOBRAMH
Para a coordenadora do Comitê de Segurança do Paciente da Sociedade Brasileira de Medicina Hospitalar (SOBRAMH), Anna Butter Nunes, é fundamental que as instituições mantenham uma verdadeira cultura de segurança. A médica é supervisora de Qualidade no Hospital Barra D’Or, no Rio de Janeiro e afirma que as organizações com uma cultura de segurança positiva confiam na eficácia de medidas preventivas. “Isso é possível por meio de políticas e procedimentos que garantam a qualidade clínica, a segurança do cuidado e satisfação do paciente. Sempre monitorando os padrões de boas práticas e de resultados”, explica.
Anna reforça o papel do médico hospitalista nesse processo. Atuação que vem ganhando destaque no combate ao novo coronavírus. De acordo com a especialista, “o treinamento, a educação e a experiência adquirida por um hospitalista permitem que ele otimize a comunicação e implemente protocolos. Sendo assim, facilitando a prática de oferecer atendimento seguro e consistente a todos os pacientes”.